Roraima fica em alerta após confirmar casos de dengue que produz sintomas mais graves

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Após confirmar dois casos de dengue tipo 3 em Bonfim, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) emitiu comunicado de risco para que autoridades municipais de Roraima reforcem ações de combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus.

A doença registrada na cidade que faz fronteira com a Guiana voltou a ser identificada no Brasil após 15 anos. E a atenção se justifica pela potencialidade dela em produzir sintomas mais graves, como a febre hemorrágica.

“Estaremos em alerta máximo, intensificando o monitoramento e a articulação dos municípios com o objetivo de fortalecer a vigilância das arboviroses no nosso Estado”, destacou a coordenadora geral de Vigilância em Saúde do Estado, Valdirene Oliveira.

Outro fator que fez a Sesau elevar o alerta para todo o Estado foi a constatação de aumento de casos de arboviroses em praticamente todos os municípios.

Dados do mais recente LIRAa Nacional (Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti) apontaram alto risco para arbovirose em Alto Alegre (12,5%), Mucajaí (10,0%), Caracaraí (8,8%), Amajari (8,2%), Cantá (8,0%), Bonfim (7,4%), Rorainópolis (7,1%), Boa Vista (6,3%), São João da Baliza (5,7%), São Luiz (4,4%) e Caroebe (4,2%).

Apresentaram médio risco as cidades de Iracema (2,5%), Normandia (2,5%) e Uiramutã (1,6%), enquanto a única cidade classificada como baixo risco para arbovirose foi Pacaraima (0,8%).

Ainda segundo a CGVS, de janeiro a julho deste ano, já foram notificados 1.457 casos suspeitos de dengue e 283 de chikungunya, representando um aumento de 74% no número de casos de dengue quando comparado ao mesmo período de 2022; e de 101% no número de casos de Chikungunya quando comparado ao ano passado.

“O percentual de LIRAa aqui no nosso Estado de Roraima foi de 6,6%, ou seja, alto risco, com 12 municípios suscetíveis a uma epidemia de dengue. Vale destacar que os principais depósitos favoráveis para a proliferação do Aedes aegypti são aqueles passíveis de remoção, como lixo, depósitos de água, entre outros”, ressaltou Valdirene.

Confira as medidas da Sesau junto aos municípios

  • Implantação da vigilância de outras arboviroses em Roraima, com a identificação da circulação de outros vírus, como febre Mayaro e Oropouche, uma vez que já foram identificados 44 casos de Oropouche e 2 de Mayaro;
  • Fortalecimento da vigilância das arboviroses na fronteira de Bonfim e na cidade de Lethem, na Guiana, ajudando a identificar o risco de ocorrência de casos de dengue em Roraima, em razão da identificação de casos confirmados de dengue (sorotipo DENV3), devido ao alto fluxo de pessoas para compras e turismo na cidade vizinha;
  • Capacitação das equipes de campo de Caracaraí;
  • Reunião técnica em Iracema e Mucajaí.

Texto: Folha Web
Foto: Publicidade

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