NAS ESCOLAS – Procuradoria da Mulher, da Assembleia Legislativa, atua preventivamente no combate à violência doméstica e familiar

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Ao longo de 2023, a Procuradoria Especial da Mulher (PEM), programa permanente da Assembleia Legislativa (ALE-RR), tem conscientizado estudantes da rede pública de ensino sobre violência doméstica e familiar, por meio de palestras ministradas pela equipe multiprofissional do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame) e do Centro Grupo Reflexivo Reconstruir.

Nesta segunda-feira (2), os contemplados foram os alunos do 7⁰ ano do Colégio Estadual Militarizado Irmã Maria Teresa Parodi, no bairro Cidade Satélite. Conforme a advogada do Chame, Rayssa Veras, as explicações sobre o tema a esses jovens são uma forma de trabalhar a prevenção.

“São abordadas questões de direitos sobre a Lei Maria da Penha, como ela foi instaurada no país, os tipos de violência que ela prevê, e como fica o psicólogo da vítima. Também mostramos a eles a parte da assistência social e o Reconstruir”, informou.

Ainda segundo ela, as denúncias que o Chame recebe por parte de crianças e adolescentes são encaminhadas às coordenações das escolas, que as direcionam ao Conselho Tutelar do Estado.

“Não é sempre, mas acontece. Eles [alunos] têm o contato do ZapChame, que é um meio sigiloso onde podem entrar em contato, e que está sempre aberto para se comunicar com todos”, ressaltou Veras.

Para o psicólogo do Reconstruir, Jadiel Espinosa, que atua com ex-agressores encaminhados pela Vara de Penas e Medidas Alternativas (Vepema), através de uma reelaboração comportamental, conversar com os jovens desde cedo, pode evitar que eles sejam os próximos agressores.

“Essa prevenção nas escolas é de suma importância, porque a gente consegue alcançar esse público e fazer com que eles percebam que essa atitude violenta, seja ela qual for, pode trazer prejuízos futuros para a vida deles”, destacou.

O gestor do colégio, professor Aselmo Paes, informou que a unidade trabalha em parceria com alguns departamentos da Secretaria de Educação (Seed), para identificar supostos casos de agressões vivenciadas ou sofridas pelos alunos.

“O procedimento é identificar e levar ao conhecimento dos órgãos competentes para atendimento tanto do estudante quanto da família, porque não adianta só ter esse acolhimento dos jovens e não ouvir os familiares”, disse.

Paes ainda avaliou como positivo projetos como o do Chame, que disseminam informações relevantes para toda a comunidade escolar.

“Ele é muito bem-vindo. Acredito que todas as gestões agradecem esse apoio, esse projeto. Que venham mais como esse. Ele ajuda muito as escolas, porque não conseguimos fazer educação sozinhos, precisamos dos parceiros. Existem inúmeras variáveis que podem influenciar no processo de ensino-aprendizagem dos nossos estudantes, principalmente, nas questões emocionais, e a violência é uma delas”, concluiu o gestor.

O ciclo de palestras segue no colégio Irmã Teresa Parodi para os alunos do período vespertino. Na quarta-feira (4), a equipe irá até a Escola Estadual Professor Antônio Ferreira de Souza, também pela manhã e tarde.

Onde procurar

Qualquer instituição, seja de ensino ou atendimento, pode solicitar a visita da PEM, basta acionar o ZapChame, no número (95) 98402-0502, ou ir pessoalmente ao órgão. Os serviços ocorrem na Avenida Santos Dumont, 1470, bairro Aparecida, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Os moradores de Rorainópolis e adjacências também podem buscar apoio no núcleo da PEM, na Rua Senador Hélio Campos, sem número, BR-174, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Texto: Suzanne Oliveira
Foto: Alfredo Maia

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